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Nestes últimos dias observo uma grande corrente crescente em defesa dos homossexuais e foi este movimento que me motivou a fazer este ensaio descritivo-narrativo das minhas observações e então comecei analisar. Sempre me incomodaram questões de escolhas, do tipo: Você torce pra que time, Flamengo ou Vasco? Você é negro ou branco? Eu não sou branco, nem sou negro, não sou pardo e nem muito menos nunca vi ninguém com essas cores, não criaram uma palheta de cores nem muito menos nomes que fossem compatíveis e que realmente caracterizassem com as verdadeiras pigmentações dos seres humanos, até porque somos mutantes em todos os sentidos e cada um tem sua cor. Outra questão que vou de encontro é: Você é vegetariano ou carnívoro? Se eu não gosto de carne vermelha sou vegetariano? Vegetariano é quem come vegetal... Mas eu não como só vegetais, então eu não sou vegetariano. Sou o que? Tenho que fazer uma relação das coisas que como para me enquadrar a um rotulo que a sociedade impõe mesmo como uma leve sutiliza (a redundância é de propósito) como estas que acabei de citar, mas mesmo assim existe o pré-conceito. Quando falo que não como carne vermelha, têm pessoas que me olham torto, daí, tenho de explicar que é por uma questão de saúde, sou alérgico a proteína existente na carne vermelha e que em algumas circunstâncias sou impedido de comer qualquer tipo de gordura animal. Ai segue toda uma ladainha de explicações que já tenho decorado na ponta da língua e as pessoas procuram me entender, mas esta é só uma ilustração para um tipo de rotulação banal, mas que as pessoas não procuram entender os motivos que fizeram uma pessoa optar por outro caminho. E também existem as opções de escolhas que a sociedade impõe que certos indivíduos optam sofrem bem mais pré-conceitos dos quais citei, não quero me adentrar nestas violências, pois não merecem ser mencionadas para não dar ênfase a elas mesmas por menor que seja ela, mas que em todo esse texto está imbuído nas entrelinhas, não quero mencionar, mas que estou tocando afundo nesta horrenda forma de tratar o outro. Desde o inicio da sociedade moderna o ser humano não para de criar supostos títulos e criar motivos para se agregarem e se distinguir de outros que automaticamente ganham respectivos títulos. Na pré-história eram separados os que tinham fogo, dos que não tinham... Saltando para história, começaram a se dividirem em: os nobres, os vassalos e escravos, logo depois tiveram outros e mais outros... Até que chegamos a uma sociedade hoje que não respeita a si própria, buscaram tanto uma evolução que hoje temos, mas, mesmo assim uma não aceita a outra só por serem diferentes. A diferença entre uma pessoa para outra sempre existiu e sempre existirá, até porque, mesmo se colocamos gêmeos “idênticos” ou até mesmo clones, um ao lado do outro e observar bem um ao outro, veremos diferenças entre eles, nada é igual, sempre vai haver uma diferença, acho que essa é a grande regra da natureza, não existe igualdade entre seres e nem objetos. E assim como os outros seres da natureza o mínimo que podemos fazer é respeitar o outro até porque todos são diferente. Não gosto de acreditar que existam homossexuais, heterossexuais, brancos, negros, pobre, rico, nordestinos, índios, ciganos, judeus, cristãos, enfim se eu for listar aqui não vai ter fim... Gosto de acreditar que existem apenas PESSOAS, assim como eu. E eu gosto que me respeitem e por isso todas as pessoas merecem respeito por ser simplesmente diferente. E os títulos? Bom, os títulos não servem de nada mesmo...

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Fiat Lux

"Só o obscuro nos cintila." "Uso a palavra para compor meus silêncios." "Eu sei dizer sem pudor que o escuro me ilumina." "A palavra amor anda vazia. Não tem gente dentro dela." "Hoje eu recebi procuração de um pássaro para abrir a manhã e fechar o anoitecer." "São frios são glaciais..os ventos da solidão". As mensagens são do Poeta Manoel de Barros [ @Poeta_ManoeldB ] As imagens são minhas no meu jardim, foi uma homenagem pra Yemanjá no dia 02/Fev./2011
Vou postar um e-mail que recebi faz alguns dias, por conta dos muito trabalhos que tinha de fazer, tanto não dei muita atenção como nem abri para lê, hoje porem tive um pouco mais ti tempo e me interessei para dar uma lidinha. Não vou negar que, enquanto lia, dei muitas gargalhadas, mas o texto é super sério, sei que irão rir também, mas reflitam pois o conteúdo vem se refletindo em nós. Segue o texto: CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL 'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, e todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam